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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Você sabe me atiçar, me deixar com vontade de você, te desejar a todo momento,suas caras, as suas manias, teus sorrisos, tua voz, … Me faz te querer cada vez mais.
Parece brincadeira
Mas eu sei que a gente faz
Um monte de besteira
Por saber que é bom demais *-*
Mas não dá para fugir de si mesmo. Não dá para tomar a decisão de deixar de se ver para sempre. Não dá para tomar a decisão de desligar aquele ruído dentro da sua cabeça.
Nem parece que já vai chegar novembro, ainda nem cumpri as promessas de fevereiro.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Chega de ser plano B, ligação de emergência, mensagem com cheiro de vodka. Isso tudo é solitário demais e, se é pra ser sozinha, que seja por inteiro. Ou tá do meu lado, ou não tá comigo, não tem como ser diferente e hoje eu sei. Não quero ninguém perfeito, já passei dessa fase de esperar o personagem principal da minha comédia romântica preferida, juro. Só quero alguém pra mim e por mim. E mereço, sem querer parecer prepotente, mereço demais. Fora isso, nada feito. Nada mesmo, reforço. Eu sou muitas mulheres. Mas isso não é um cardápio, queria deixar claro, você não tem que escolher uma, tem que acolher todas. E cuidar, entender, porque todas vão te amar, quando o amor acontecer. Faz pouco tempo, todas elas desistiram de esperar. Parecia que você fazia de propósito ou era algum tipo de desafio, você tava pagando pra ver. Pois aposta perdida pra você, não aceito cheque, não aceito promissória de amor. Você foi cansando uma por uma, e juro, eu não tinha mais desculpas pra mais um dia de cadeira. A última, resistente e com olhinhos de esperança, saiu ontem e ficou com um cara lindo, que ela não para de descrever. Tem umas que já tão até em novas histórias, tem a focada na carreira e umas três sentindo e se viciando no gosto doce da liberdade. Chegamos a pensar, um dia, que não dava pra seguir em frente e te deixar pra trás, não existia mundo fora desse caos, fora de nós. Literalmente nós, apertados, quase impossíveis de desfazer. Mas desfiz, depois de anos, desfiz.Teve uma que morreu, sabia? Mas já não faz diferença, não importa. Tua indiferença abriu a porta pra uma vida incrível apesar de você.
Esses dias eu tava aqui, pensando em como cada um dos meus quase amores e romances por aí contribuíram pra me transformar na pessoa que eu sou. Tentando me lembrar em que ponto eu deixei de ser a menina com medo, agarrada no ursinho, no canto do quarto. Em que momento eu me impus sobre o mundo, pra não ter que aceitar nenhum tipo de imposição. Aquela historinha clichê de que tudo, no fim, vale a pena e nada é por acaso, sabe? Funciona demais, com o tempo a gente vai vendo. Lembro que com um carinha eu aprendi que pessoas não são brinquedos, senti e aprendi o peso das palavras e o estrago que elas podem fazer na vida de alguém. Teve outro que me ensinou a ser eu, assim, do jeitinho que eu sou. Assim, passando e derrubando tudo, com crises, paranoias e sem maquiagem, pacote completo. Aprendi, com algum deles, a desconfiar também. Andar olhando pro chão, ouvir lendo o olhar. Gente que passou pela minha vida como um vento e fez eu crescer mais do que pessoas que conheço há décadas. Quando tem que ser, é, não é? A gente se esbarra na padaria, na praia, na balada, mas se esbarra, incrível. E você, que foi minha sina por tantos anos, me ensinou o que, afinal? Fiz uma lista, na hora. Logo pensei em sofrer, essa coisa de me acomodar com a dor. Mas você foi além disso! Pensei em ser forte, sorrir de canto a canto, morta por dentro. Mas não era bem isso, ainda. Me ensinou a acreditar e esperar quase nada, a ser mais paciente e menos tolerante, só que mais que isso: Você me ensinou a ser sozinha. Injetou desapego e essa indiferença com cara de cansaço pelas minhas veias, dia após dia. Me ensinou a ser só e essa, sinceramente, eu fico te devendo pro resto da vida.

Eu sofro sendo assim, eu sofro porque, quando você acha mais da metade do mundo babaca, você passa muito tempo sozinho.







“Mas to me divertindo, ué. Não é isso que mandam a gente fazer? Quando a gente chora e escreve aquele monte de poesia profunda. Quando a gente se apaixona e tudo mais e enche o saco dos amigos com aquela melação toda. Não fica todo mundo dizendo pra gente parar de tanto drama e se divertir? Poxa, to só obedecendo todo mundo. Não é isso que todo mundo acha super divertido? Beber e fumar, e beber, e fazer sexo sem amor, e beber e fumar e dançar e chegar tarde e envelhecer e não sentir nada? Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada. Nada. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa. Hoje tem risada alta, tem festinha, tem maquiagem e música. O senhor promete que não me julga, Zé? Eu sei que você se atrapalha, liga aqui pra cima e fica até mudo. São tantos nomes, não é? Mas é só fazer que nem eu: chama todo mundo de “o outro”. Todos são outros. Porque o de verdade, Zé, o de verdade não existe. A gente chora, escreve lá umas poesias profundas, chora, mas um dia a gente acorda e descobre que esse aí não existe não. Amanhã é um novo dia. Um novo outro qualquer. Eu queria te dizer que eu sinto muito, Zé. Mas eu não posso te dizer isso porque a verdade é que eu não sinto mais nada. Nadinha, Zé.”

BORA SORRIR !



"Vence quem passa por essa vida rindo.
E se o preço que se paga por ser um pouco feliz é ser um pouco idiota, dane-se."
Foi-se o tempo das vacas gordas, da esperança revigorante, dos amores em timbre ensurdecedor e das paixões vertiginosas emolduradas pelo ultrarromantismo. Foi-se o tempo...
Tempo perdido?? Não! Tempo de recomeçar a percorrer o caminho pedregoso do amor. Pois não há sentimento tão nobre, resistente e perpetuo, capaz de aflorar mesmo num deserto. "Minhas palavras são reverberações", meu corpo o meio destilador de carinhos e minha alma as veredas por onde teu amor percorre incessantemente. "Quantos amores infinitos há em você"?

Alex Monteiro